sábado, 2 de agosto de 2008

UM CÉU NUMA FLOR SILVESTRE

Conhece-se a beleza dádiva dos deuses por aquilo que
ela produz na alma dos homens.
Quem é possuído por ela entra em êxtase:
cessa o riso, cessa o choro, o pensamento pára,
a fala emudece.
É mística.
A alma está tomada pela felicidade
da tranqüilidade absoluta.
Era assim que se sentia o Criador ao contemplar,
ao final de cada dia de trabalho,
o resultado da sua obra:
“Está muito bom!
Do jeito que deveria ser!
Nada há de ser modificado!
Amém!”
RUBEM ALVES

FILOSOFANDO 098

"O paradoxo da expectativa

é que aqueles que

crêem no amanhã

viverão melhor

o hoje"

(Henry Nowen)

AMOR ANTIGO

O amor antigo vive de si mesmo
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera,
mas do destino não nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e beleza
Por aquelas mergulhas no infinito,
e por estas suplanta a natureza
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém,
nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste?
Não.
Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor ...

(Carlos Drummond de Andrade)
Poeta, prosador e jornalista brasileiro - 1902/ 1987

quinta-feira, 31 de julho de 2008

FILOSOFANDO 200309

“A tragédia não é quando um homem morre;
a tragédia é aquilo que morre
dentro de um homem
enquanto ele ainda está vivo”
(Albert Schweitzer).

SOLIDÃO

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma


Embora atribuida a autoria para Chico Buarque a poesia é de autoria de Fátima Irene Pinto da cidade de descalvado e está em seu livro Ecos da Alma

quarta-feira, 30 de julho de 2008

FILOSOFANDO 099

Pode ser que o amor

não faça girar o mundo,

mas devo admitir,

que faz

com que a viagem

valha a pena.

(Sean Connery)

AQUELES QUE AMAMOS NUNCA MORREM




Falar em perdas é falar em solidão, tristeza, desespero, medo.
Quando digo perdas, não estou me referindo apenas aos que morrem, mas a todos que de alguma forma, nos deixam prematuramente, antes que estejamos preparados.
Um amigo que se muda para longe, um namoro interrompido bruscamente e até mesmo um ente querido que se vai, sempre provoca em nós uma sensação de vazio.
Porque sofremos tanto mesmo sabendo que estas perdas ou partidas inesperadas são inerentes a vida e que, portanto, não podemos controlá-las?

Não saberia responder com precisão á pergunta acima, mas, o que me parece mais coerente é que nunca estaremos prontos para nos acostumáramos com a falta dos que amamos.
Por mais que saibamos que a qualquer momento eles nos faltarão, temos sempre a predisposição em acreditarmos que quem nos ama nunca nos trairia, nos privando do seu afeto, carinho, amor.

São justamente aqueles que amamos que mais nos machucam com as suas partidas inesperadas.
Vão sem aviso prévio e nos levam a felicidade, a fé na vida, o equilíbrio.

O que fazer então?
Não amamos?
Não nos permitiremos gostar de alguém, pelo simples fato de que seremos mais cedo ou mais tarde deixados para trás na vida, entregue ás nossas angustias e remorsos por não termos dito tudo ou feito o suficiente por eles?
Creio que não.
Se há algo na vida que mais nos trás felicidade é sabermos que somos queridos e não seria honesto privar-nos de tal sentimento por covardia.

Um amor de pai e mãe, o carinho de um amigo ou o afeto de uma relação a dois, deve sempre se sobrepor ao medo da perda.
Porque ela é inevitável; o sentimento, não, deve ser exercitado todos os dias das nossas breves vidas.

Ele é que nos move, nos dá o chão para que possamos caminhar pela vida com a certeza de que, haja o que houver, teremos sempre alguém com quem contar que nos apóia mesmo nos momentos em que não tenhamos razão.

Esta, meus amigos, deve ser a maior lição deixada pelos que partem sem nos avisar. Lembrar-nos que devemos sempre curtir aqueles que amamos com a intensidade proporcional á brevidade de uma vida.

Porque, quando nos faltarem, saberemos que amamos e fomos amados, que demos e recebemos todo o carinho esperado, que construímos um sentimento que nenhuma perda poderá apagar.
Este sentimento transcende o espaço e o tempo, não se limita ao contacto físico, torna-se parte de nós, impregnado em nossas almas, nos confortando nos dias difíceis, sendo cúmplices de nossas vitórias pessoais, nos fazendo sentir eternamente amado.

Que me perdoem os físicos, mas neste caso, acredito que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço, basta que permitamos sentir a presença dos que amamos dentro de nós, como se fossem parte da nossa alma.

Só assim seremos inteiros. Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

terça-feira, 29 de julho de 2008

FILOSOFANDO 100

Acreditar,

não faz de ninguém

um tolo.

Tolo...

é quem mente.

O AMOR

Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real,
exaltando suas qualidades,
mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo,
quando encontramos alguém que nos transforme
no melhor que podemos ser.
*** Mário Quintana ***

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão ignorante que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o tolo que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

(Berthold Brecht)

domingo, 27 de julho de 2008

VIAGEM AOS SENTIDOS

Fomos levar os sentidos para passear.
Este meu anseio por essa viagem, é de muito tempo.
Vinte sete anos na verdade de um desejo de partilhar coisas belas.
Valeu cada minuto do passeio.
Parece que as coisas sofridas tem um gosto indescritível quando conseguidas.
O tempo promete, a dois os sentidos se expandem para muitos horizontes.
A cidade de São Pedro e Águas de São Pedro ofereceram todas as possibilidades aos sentidos.
Os externos, o olhar, o cheirar, o comer, o ouvir e o tocar e os muitos dos sentidos por nós desconhecidos, os sentidos internos muitas vezes confundidos com emoções.
Os "sentidos internos" nos colocam em relação com os nossos estados internos (sentimentos, atitudes, disposições, dores e prazeres).
Alguns sentidos internos foram mais que estimulados - fome, sede, cansaço, dor interna e a necessidade de respirar e muito equilíbrio.
Descendo e depois subindo para ver uma linda cachoeira com uma queda d'agua de 70 metros, muitos dos sentidos internos se fizeram presentes.
E depois nos caminhos, na oração, na leitura, no amor.
Valeu cada momento.



Algumas fotos da “Viagem aos sentidos"

Ó Deus, nós te damos graças por este universo, nosso lar; pela sua vastidão e riqueza,
pela exuberância da vida que o enche e da qual somos parte.



Nós te louvamos pelos oceanos, pelas correntes frescas,
pelas montanhas que não se acabam, pelas árvores, pelo capim sob os nossos pés.

Que aprendamos que as coisas vivas não vivem só para nós; que elas vivem para
si mesmas e para ti, que elas amam a doçura da vida tanto quanto nós, e te servem,
no seu lugar, melhor que nós no nosso.



Nós te louvamos pelos nossos sentidos: poder ver o esplendor da manhã, ouvir as canções dos namorados, sentir o hálito bom das flores da primavera.
Dá-nos, rogamos-te, um coração aberto a toda esta alegria e a toda esta beleza,



.

Alarga em nós o senso de comunhão com todas as coisas vivas, nossas irmãs,
a quem deste esta terra por lar, juntamente conosco.


Quando chegar o nosso fim, e não mais pudermos fazer uso deste mundo, e tivermos
de dar nosso lugar a outros, que não deixemos coisa alguma destruída pela
nossa ambição ou deformada pela nossa ignorância.

Mas que passemos adiante nossa herança comum mais bela e mais doce, sem
que lhe tenha sido tirado nada da sua fertilidade e alegria, e assim nossos corpos
possam retornar em paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e os nossos
espíritos possam gozar da vida perfeita em ti.
Rubem Alves


O MEU ENLEVO


O meu desejo de partilhar o bom e o belo, é tão grande como o meu amor por uma alma.
Quero tocar o coração de cada um que vê e se emociona de alguma forma, com um sorriso, com lágrimas, com a própria consciência, com a vontade de se transformar, e por aí vai.
Eu gostaria de escrever livros, mas a capacidade não chegou lá, ainda...

Contudo a minha alegria de levar "coisas boas" as pessoas, partilhar minhas alegrias e enlevo muito me motiva.
Aprendi a gostar da palavra Enlevo, que na melhor definição, é ARREBATAMENTO, COISA QUE MARAVILHA.
E as coisas que me maravilham ficam pulsando em mim, para ir para os ouvidos e olhos dos outros meu desejo de partilhar.

O meu Enlevo também é por você.
Alma boa, que faz o bem somente pelo bem.

O MEU AMOR POR VOCÊ ?
DESDE O PRIMEIRO DIA, CADA DIA COMO TIVESSE SIDO O PRIMEIRO.

ALMA DE EDUCADOR

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