sábado, 20 de dezembro de 2008

PROMESSAS DE CASAMENTO

Martha Medeiros

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre.
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"
Acho simplista e um pouco fora da realidade.
Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

CURSO DE FORMAÇÃO - SÓ PARA HOMENS

Eu não preciso quase nada disso...

INSCRIÇÕES ABERTAS ! (vagas limitadas) NÃO PERCAM

Novo Curso de Formação para Homens OBJETIVO PEDAGÓGICO Permite aos homens desenvolver a parte do corpo da qual ignoram a existência (o cérebro ).
SÃO 4 MÓDULOS
Módulo 1: Introdução (Obrigatório)
1. Aprender a viver sem a mamãe (2.000 horas)
2. Minha mulher não é minha mãe (350 horas)
3. Entender que não se classificar para o Mundial não é a MORTE (500 hs)

Módulo 2: Vida a dois
1. Como sobreviver a um resfriado sem agonizar (450 horas)
2. Deixar de dizer impropérios quando a mulher recebe suas amigas (500 hs)
3. Superar a síndrome do ' o controle remoto é meu' (550 horas)
4. Não urinar fora do vaso (1.000 horas - exercícios práticos em vídeo)
5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800hs)
6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)
7. Se vestir bem NÃO é coisa de viado (800 horas).
Módulo 3: Tempo livre
1. Passar uma camisa em menos de duas horas (exercícios práticos)
2. Tomar uma coca-cola sem arrotar, quando se está à mesa (exercícios práticos)
Módulo 4: Curso de cozinha
1. Nível 1 (principiantes - os eletrodomésticos) ON/OFF = LIGA/DESLIGA
2. Nível 2 (avançado) minha primeira sopa instantânea sem queimar a Panela
3 . Exercícios práticos - ferver a água antes de por o macarrão

CURSOS COMPLEMENTARES:
POR RAZÕES DE DIFICULDADE , COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS , OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS.
1. O detergente: doses, consumo e aplicação.
2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (práticas em laboratório);
3. Porque não é crime presentear com flores, embora já tenha se casado com ela;
4. O rolo de papel higiênico: Ele nasce ao lado do vaso sanitário? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração espontânea)
5. Como baixar a tampa do vaso passo a passo (teleconferência);
6. Os homens dirigindo, podem SIM, pedir informação sem se perderem ou correr o risco de parecerem impotentes (testemunhos);
Práticas para evitar acabar com a casa;

1. Analisar detidamente as causas anatômicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar o banheiro depois do banho
2. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupas sujas e o chão (exercícios com musicoterapia);
3. A xícara de café: ela levita, indo da mesa à pia?
( exercícios Dirigidos por Mister M);

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O AMOR MORA NA ALMA

Jonh Blanchard levantou do banco, endireitando a jaqueta de seu uniforme e observou as pessoas fazendo seu caminho através da Grande Central Station.
Ele procurou pela garota cujo coração ele conhecia mas o rosto não; a garota com a rosa.
Seu interesse por ela havia começado 30 meses antes, numa livraria da Flórida.

Tirando um livro da prateleira, ele se pegou intrigado, não com as palavras do livro, mas com as notas feitas à lápis nas margens.
A escrita suave refletia uma alma profunda e uma mente cheia de brilho.
Na frente do livro, ele descobriu o nome do primeiro proprietário: Srta. Hollis Maynell.

Com tempo e esforço, ele localizou seu endereço.

Ela vivia na cidade de Nova York.

Ele escreveu a ela uma carta, apresentando-se e convidando-a a corresponder-se com ele.

Na semana seguinte ele embarcou em um navio para servir na II Guerra.
Durante o ano seguinte, mês a mês eles desenvolveram o conhecimento um do outro através de suas cartas.
Cada carta era uma semente caindo num coração fértil. Um romance de companheirismo. Blanchard pediu uma fotografia, mas ela recusou.
Ela sentia que se ele realmente se importasse com eles, não importaria como ela era, ou sua aparência.

Quando finalmente chegou o dia em que ele retornou da Europa, eles marcaram seu primeiro encontro - 7:00 da noite na Grand Central Station.
"Você me reconhecerá" ela escreveu, "pela rosa vermelha que estarei usando na lapela".

Então, às 7:00 ele estava na estação, procurando pôr uma garota cujo coração ele amava, mas cuja face ele nunca havia visto.
Vou deixar o Sr. Blanchard dizer-lhes o que aconteceu:
"Uma jovem aproximou-se de mim.
Sua figura era alta e magra.

Seus cabelos loiros caíam atrás de suas delicadas orelhas, seus olhos eram azuis como flores.
Seus lábios e queixos tinham uma firmeza delicada e seu traje verde pálido era como se a primavera tivesse chegado.

Eu me dirigi a ela, inteiramente esquecido de perceber que ela não estava usando uma rosa.
Como eu me movi em sua direção, um pequeno e provocativo sorriso curvou seus lábios."
"Indo para o mesmo lugar que eu, marinheiro?" ela murmurou.
Quase incontrolavelmente, dei um passo para junto dela, e então eu vi Hollis Maynell.

Ela estava parada quase que exatamente atras da garota.
Uma mulher já passada dos 50 anos, ela tinha seus cabelos grisalhos enrolados num coque sob um chapéu gasto.
Ela era mais que gorducha, seus pés compactos confiavam em sapatos de saltos baixos. A garota de verde seguiu seu caminho rapidamente.

Eu me senti como se tivesse sido dividido em dois, tão forte era meu desejo de seguí-la e tão profundo era o desejo por aquela mulher cujo espírito verdadeiramente me acompanhara e me sustentara através de todas as minhas atribulações.
E então ela parou, sua face pálida e gorducha era delicada e sensível, seus olhos cinzas tinham um calor e simpatia cintilantes.
Eu não hesitei, meus dedos seguraram a pequena e gasta capa de couro azul do livro que a identificou para mim.
Isto podia não ser amor, mas poderia ser algo precioso, talvez mais que amor, uma amizade pela qual eu seria para sempre cheio de gratidão.
Eu inclinei meus ombros, cumprimentei-a mostrando o livro para ela, ainda pensando, enquanto falava, na amargura do meu desapontamento.
"Sou o Tenente Jonh Blanchard, e você deve ser a Srta. Maynell.
Estou muito feliz que você tenha podido me encontrar.
Posso lhe oferecer um jantar?".

O rosto da mulher abriu-se num tolerante sorriso: "Eu não sei o que está acontecendo", ela respondeu.
"Aquela jovem de vestido verde que acabou de passar me pediu para colocar esta rosa no casaco.
E ela disse que se você me convidasse para jantar, eu deveria lhe dizer que ela esta esperando por você no restaurante da esquina.
E ela disse que isso era um tipo de teste!"
Não parece difícil, para mim, compreender e admirar a sabedoria da Srta. Maynell.


A VERDADEIRA NATUREZA DO CORAÇÃO DE UMA PESSOA É VISTA NA MANEIRA COMO ELA RESPONDE AO QUE NÃO É ATRAENTE

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FILOSOFANDO 161208



"Passamos a amar

não quando encontramos uma pessoa perfeita,

mas quando aprendemos


a ver perfeitamente


uma pessoa imperfeita"


(San Kenn)

DESEJO E PENSAMENTO

O yogue Raman era um verdadeiro mestre na arte do arco e flecha. Certa manhã, ele convidou seu discípulo mais querido para assistir uma demonstração do seu talento. O discípulo já vira aquilo mais de cem vezes, mas - mesmo assim - resolveu obedecer ao mestre.

Foram para o bosque ao lado do mosteiro: ao chegarem diante de um belo carvalho, Raman pegou uma das flores que trazia em seu colar, e a colocou em um dos ramos da árvore.

Em seguida, abriu seu alforje, e retirou três objetos: seu magnífico arco de madeira preciosa, uma flecha, e um lenço branco, bordado com desenhos em lilás.

O yogue então posicionou-se a uma distância de cem passos do local onde havia colocado a flor. De frente para o seu alvo, e pediu que seu discípulo o vendasse com o lenço bordado.

O discípulo fez o que o mestre ordenara.

“Quantas vezes você já me viu praticar o nobre e antigo esporte do arco e flecha?” – perguntou.

“Todos os dias”, respondeu o discípulo. “E sempre o vi acertar na rosa, a uma distância de trezentos passos”.

Com seus olhos cobertos pelo lenço, o yogue Raman firmou os seus pés na terra, distendeu o arco com toda a sua energia – apontando na direção da rosa colocada num dos ramos do carvalho – e disparou.

A flecha cortou o ar, provocando um ruído agudo, mas nem sequer atingiu a árvore, errando o alvo por uma distância constrangedora.

“Acertei?" - disse Raman, retirando o lenço que cobria seus olhos.

“O senhor errou – e por uma grande margem” respondeu o discípulo. “Achei que ia mostrar-me o poder do pensamento, e sua capacidade de fazer mágicas..”

“Eu lhe dei a lição mais importante sobre o poder do pensamento”, respondeu Raman. “Quando desejar uma coisa, concentre-se apenas nela: ninguém jamais será capaz de atingir um alvo que não consegue ver.”

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

CAN'T HELP FALLING IN LOVE



Não Posso Evitar de Estar Apaixonando

Homens sábios dizem que só os tolos se precipitam
Mas eu não consigo evitar de me apaixonar por você
Eu deveria resistir?
Seria um pecado
Se eu não consigo evitar que me apaixone por você

Como um rio que corre pro mar
Querida isso segue
Tem coisas que tem destino certo
Tome minha mão, tome minha vida inteira também
Pq eu não consigo evitar que me apaixone por você

Como um rio que corre pro mar
Querida isso segue
Como coisas que tem destino certo
Tome minha mão, tome minha vida inteira também
Pq eu não consigo evitar que me apaixone por você
Pq eu não consigo evitar que me apaixone por você

O IMPORTANTE É ESTAR TRANQUILO

Entra um senhor desesperado na farmácia e grita:
- Rápido, me dê algo para a diarréia! Urgente!

O dono da farmácia, que era novo no negócio, fica muito nervoso e lhe dá o remédio errado: um remédio para nervos.

O homem, com muita pressa, pega o remédio e vai embora. Horas depois, volta novamente, e o farmacêutico, preocupado, lhe diz:

- Mil desculpas, senhor. Creio que por engano lhe dei um medicamento para os nervos, ao invés de para diarréia. Como o senhor está se sentindo?

O senhor responde:
- Cagado... mas tô tranquilo.


!!! "Por mais desesperadora que seja a situação, se estiver calmo, as coisas serão vistas de outra maneira" !!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

MORRER OU MUDAR OS VÍCIOS

Alguns amigos convidaram Nasrudin para um piquenique.
O bom humor imperava, e o almoço sobre a relva foi dos mais perfeitos.
Mas a animação do grupo foi interrompida por um incidente que fez todo mundo correr em direção a um rio próximo.

Um desconhecido tinha escorregado e estava dentro da água, profunda e lodosa naquele ponto.
De todos os lados correram em seu socorro.

– Dê sua mão! Dê sua mão! – gritavam-lhe.

Nenhuma reação da parte do infeliz, que não sabia nadar e tudo que fazia era engolir água.

Estava a dois dedos de afogar-se quando Mulla apareceu.
Reconheceu o sujeito assim que o viu.

– Afastem-se todos e deixem comigo! – gritou, dirigindo-se à multidão.

Estendeu a mão direita para o homem que se debatia e lhe disse:

– Pegue minha mão!

Num rápido impulso, o desconhecido agarrou-se à mão estendida de Mulla, que o tirou do rio.

Nesse meio tempo, os curiosos tinham-se aglomerado e perguntavam em voz alta:

– Explique-nos, Mulla! Por que ele não nos-deu a mão, mas agarrou a sua imediatamente?

– É muito simples – respondeu Nasrudin. – Eu o conheço há muito tempo: é um sujeito de uma avareza sórdida.
Então vocês não sabem que os avarentos costumam tomar, e não dar?
Foi por isso que não lhe pedi que me desse a mão, mas que pegasse a minha.


Muitas vezes, nos afogamos por dentro, mas não mudamos nossos hábitos...

ALMA DE EDUCADOR

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