sábado, 11 de outubro de 2008

FILOSOFANDO 071


As vezes ouço passar o vento;


e só de ouvir o vento passar,


vale a pena ter nascido.


Fernando Pessoa

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O PEIXE NÃO MORRE PELA BOCA... MORRE PELO DESEJO...


Eu venho de uma família de pescadores.
Descobri que gostava mais de acompanhar meu irmão pescador que propriamente pescar.
Ele tinha uma ciência ao pescar, todo pescador a tem.
Interessante que o pescador é alguém de muita paciência...
Se ele quer comer o peixe, tem que esperar o momento certo para pescá-lo.
O peixe, pobrezinho, é de sua natureza imprevidente cair no anzol.
Um ou outro esperto, não cai na emboscada que o pescador lhe prepara, mas existe algo dentro dele que o chama para o anzol.
Poderia se dizer que é fome.
Eu chamaria de desejo.
Esta no peixe (Aquilo que se ama, jamais se esquece)
O pescador sabe que os peixes são ariscos, mas também sabem que existe nele esse desejo e acho que os peixes até pensam (SE PENSASSEM) que se pode ser uma emboscada, que ali aja um anzol, ele se acha capaz de escapar do anzol, ou contar com o coração bondoso do pescador que não lhe coma.
Até existem os pescadores esportivos, só querem brincar com ele e depois joga-lo novamente no rio, e ele novamente por certo cairá em outro anzol, até que um dia, um pescador que saboreie a sua carne, o joga no picuá, e o seu destino é fatal.
Tilápias são muito ariscas, enxergam o pescador, imaginam o anzol, já viu que muitas outras tilápias foram pescadas, unico peixe que não se enrosca na rede, mas algo dentro dela, fome ou desejo, as deixa muito confusas.
Elas não comem a isca vorazmente, ele vai saboreando aos poucos, muitas chegam a engolir o anzol, aí não tem mais escapatória.
Se for assim, e um bom pescador quer muitas tilápias, como ele faz?
Aí esta a ciência do pescador, ele sabe que a Tilápias o vê, mas também sabe se seu instinto imprevidente, o seu desejo...
Então ele usa a ceva.
Ceva são comidinhas jogadas por toda a volta do cardume... Comidinhas irresistíveis, sem anzol, e a tilápia motivada pelo desejo começa a saborear...
É bom...
Veja o pescador não é tão mal, ele só quer me alimentar, “pensa a tilápia” (se ela pudesse pensar, mas ela é só desejo).
Aí vem a isca, a comidinha com o anzol e ela cai.
Cai na emboscada, nessa hora ela se assusta, quer escapar de seu amigo traiçoeiro, mas já é tarde, ela já foi fisgada.
Outras tilápias vêm o acontecido e algo de estranho acontece, elas ficam todas vorazes, isso deve ser bom, e uma a uma, vão caindo no anzol...
Já não é fome, é desejo...
O pescador feliz conseguiu o seu objetivo, e nem se preocupa se as Tilápias o conhecem ou não, ele conhece os seus desejos.
Ele tem a isca perfeita...
O peixe não morre pela boca, morre pelo seu desejo
Pobres tilápias...

Começo a acreditar que a vida do homem imita a vida do pescador e da tilápia.
Caímos pelo desejo, caímos pela nossa imprevidência...
Há quem imagine que eu estou falando de pescaria.
“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.

O QUE VOCÊ FEZ HOJE O DIA TODO?


Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas.

Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.

A porta do carro da sua esposa estava aberta.

A porta da frente da casa também.

O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.

Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.

A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.

Na sala de estar, a televisão ligada berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.

Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.

Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.

Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja..

'Será que a minha mulher passou mal?' ele pensou.

'Será que alguma coisa grave aconteceu?'

Daí ele viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.

Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas,sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.

A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira
transbordando água e espuma.

Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.

Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: Que diabos aconteceu aqui em casa?

Por que toda essa bagunça?

Ela sorriu e disse:

- Todo dia, quando você chega do trabalho, me pergunta:

'- Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?'
-'Bem... Hoje eu não fiz nada, FOFO !!!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

TORNE-SE UM LAGO

As mensagens nos chegam de endereço certo, no momento certo...
Tornar-se um lago, que desafio...
Quando a tristeza cisma em nos perseguir chega ao nosso coração palavras tão boas...
Palavras de tão fraterna e intensa energia...
Palavras que refrigeram a nossa Alma.
É nessas horas que Deus nos deixa pistas, para sermos felizes.
Obrigado Dri.
O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
'Qual é o gosto?' perguntou o Mestre.
'Ruim' disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
'Beba um pouco dessa água'.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
'Qual é o gosto?'
'Bom!' disse o rapaz.
'Você sente o gosto do sal?' Perguntou o Mestre.
'Não' disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
'A dor na vida de uma pessoa é inevitável.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.
Deixe de ser um copo.
Torne-se um lago'.

MORRER LENTAMENTE

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa todos os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vida. Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um,depende da vida que cada um de nós levou.

Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.

Provavelmente iremos pela vida a fora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.

Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais porém com algum significado também.

Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.

Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo. Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso.

Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.

Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso.

Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.

Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente, quem sabe haverão algumas que deixarão marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.

Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.

Pensem sempre que hoje é o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.

(Pablo Neruda)

FILOSOFANDO 0061



O melhor creme de beleza




é uma consciência limpa.



(Arletty)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

JÁ CHEGOU A PRIMAVERA





Já chegou a Primavera
vestida de alegre cor
tão verde, da cor da hera
traz uma esperança de amor.
A Primavera chegou!
Traz a cor do céu azul.
O Sol ameno levou
a tristeza para o Sul.

Quando chega a Primavera
fica mais belo o jardim.
Tão colorido. Oh! Quem dera
a Primavera sem fim.
Vou sentir na Primavera
aquele amor verdadeiro.
O amor que sempre
espera ser um dia,
o derradeiro.

Guardador de rebanhos
(A magia de Alberto Caeiro/Pessoa)

FRASE DE UM DIA


“Os sorrisos mais encantadores
que a gente recebe na vida
são os desses candidatos
em vésperas de eleições”.

Mario Quintana

FILOSOFANDO 160



Nada motiva mais um homem


do que ver o seu chefe


trabalhando!!!

SÓ DE PASSAGEM

Conta-se que um turista foi à cidade do Cairo, no Egito, visitar um famoso Rabino.

O turista ficou muito surpreso ao ver que o Rabino morava num quarto simples cheio de livros.

As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco.

- Onde estão os seus móveis? - perguntou o turista.

E o rabino bem depressa, perguntou também:

- E os seus? Onde estão?

- Os meus? - disse o turista.

- Mas eu estou apenas de passagem!

- Eu também! Disse o Rabino.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ESCORREGANDO PELOS MEUS DEDOS

Meus amigos que têm seus filhos queridos sabem como é verdade...
Eles indo como pássaros saindo do ninho, e os seus tutores tem que vè-los alçar seu próprio vôo...

Música do ABBA (Slipping throught my fingers)



Com a mochila na mão
Ela sai de casa todas as manhãs
Dando adeus
Com um sorriso distraído
Eu a vejo partir
Com uma alegria daquela bem conhecida
E eu tenho que me sentar por um instante
Sinto que a estou perdendo para sempre
E sem realmente entrar em seu mundo
Fico feliz todas as vezes que
Eu posso compartilhar de seu sorriso
Essa pequena menina engraçada

Escorregando pelos meus dedos todo o tempo
Eu tento capturar cada minuto
De seu sentimento
Escorregando pelos meus dedos todo o tempo
Será que eu realmente vejo o que está em seu pensamento
Todas as vezes que eu penso estar perto de saber
Ela continua crescendo
Escorregando por entre meus dedos todo o tempo

Sono em nossos olhos
Ela e eu
Na mesa do café
Meio acordada
Eu deixo o tempo precioso passar
Então quando ela se vai
Fica este sentimento melancólico sem igual
E um sentimento de culpa que eu não posso negar
O que aconteceu
Às aventuras maravilhosas
Os lugares que eu planejei para irmos
(escorregando pelos meus dedos todo o tempo)
Bem, algumas delas nós fizemos, mas muitas não
E o porquê eu simplesmente não sei

Escorregando pelos meus dedos todo o tempo
Eu tento capturar cada minuto
De seu sentimento
Escorregando pelos meus dedos todo o tempo
Será que eu realmente vejo o que está em seu pensamento
Todas as vezes que eu penso estar perto de saber
Ela continua crescendo
Escorregando por entre meus dedos todo o tempo

As vezes eu gostaria de poder congelar a imagem
E salvá-la dos truques engraçados do tempo
Escorregando pelos meus dedos...
Escorregando pelos meus dedos todo o tempo
Com a mochila na mão
Ela sai de casa todas as manhãs
Dando adeus
Com um sorriso distraído

domingo, 5 de outubro de 2008

FILOSOFANDO 0056

Para alcançar a liberdade interior

é preciso vencer a ignorância

e as diferentes manifestações de fraqueza,


da mentira.

Assim a consciência vai descobrindo a verdade

e pondo em ordem os bens e os deveres.

Daí a importância de ter verdadeiro amor à verdade.

(Juan Luis Lorda)

ALMA DE EDUCADOR

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