sábado, 3 de maio de 2008

A FELICIDADE

A Felicidade
Tom Jobim e Vinicius de Moraes


Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Tom Jobim e Vinicius de Moraes


O ÚLTIMO DISCURSO

Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... Negros... Brancos...

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... Levantou no mundo as muralhas do ódio... E tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria; Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... Um apelo à fraternidade universal... À união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... Milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... Vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis”! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... Da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... Que vos desprezam... Que vos escravizam... Que arregimentam as vossas vidas... Que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquinas! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... Os que não se fazem amar e os inumanos!

Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... De fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... Um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

Charles Chaplin, em seu filme “O Grande Ditador”

sexta-feira, 2 de maio de 2008

EDUCAÇÃO E ARTE

Aprendi com meu povo o verdadeiro significado da palavra educação ao ver o pai ou a mãe da criança indígena conduzindo-a passo-a-passo no aprendizado cultural.

Pescar, caçar, fazer arco e flecha, limpar peixe, cozê-lo, buscar água, subir na árvore.
Em especial, minha compreensão aumentou quando, em grupo, deitávamos sob a luz das estrelas para contemplá-las procurando imaginar o universo imenso diante de nós, que nossos pajés tinham visitado em sonhos.
Educação para nós se dava no silêncio.
Nossos pais nos ensinavam a sonhar com aquilo que desejávamos.
Compreendi, então, que educar é fazer sonhar.
Aprendi a ser índio, pois aprendi a sonhar.
Ia para outras paragens.
Passeava nelas, aprendia com elas.
Percebi que, na sociedade indígena, educar é arrancar de dentro para fora, fazer brotar os sonhos e, às vezes, rir do mistério da vida.
Descobri, depois, que, na sociedade pós-moderna ocidental, educação significa a mesma coisa: tirar de dentro, jogar para fora.
Mas isso fica só na teoria.
Decepcionei-me ao ver que os professores faziam o contrário.
Punham de foram para dentro.
Os sonhos ficavam entalados dentro das crianças e jovens.
Não tinham tempo para sair.
Aprender, para o ocidental, é ficar inerte ouvindo um montão de bobagens desnecessárias.
As crianças não têm tempo para sonhar, por isso acham a escola uma grande chatice.
Não escolhi ser índio, esta é uma condição que me foi imposta pela divina mão que rege o universo, mas escolhi ser professor, ou melhor, confessor de meus sonhos.
Desejo narrá-los para inspirar outras pessoas a narrar os seus, a fim de que o aprendizado aconteça pela palavra e pelo silêncio.
É assim que “dou” aula: com esperança e com sonhos...

Daniel Munduruku é graduado em Filosofia,
tem licenciatura em História e Psicologia e é doutorando em Educação na Universidade de São Paulo.
É autor conhecido nacional e internacionalmente.
Vários de seus livros receberam prêmios no Brasil e no exterior.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

DIA NACIONAL DA MULHER

Por: Catarina Cecin Gazele

As mulheres têm conquistado, embora em tempo lento, direitos e deveres sociais que precisam ser preservados.
O movimento de mulheres em seu próprio prol é antigo.
Inicialmente foi silencioso e sutil. As formas de abordagem da condição feminina têm variado no tempo e no espaço.
Deve-se ressaltar ainda que muitas vezes a história das mulheres foi marcada por tragédias.
No final do século XVIII, Olimpe de Gouges, em França, foi guilhotinada.
Outras mulheres que como ela lutaram por uma nova França, pela Revolução francesa, foram assassinadas porque reclamaram a não inclusão dos direitos da mulher no Código Civil que adveio logo após aquele movimento político.
No século XIX, em 8 de março de 1857, cerca de 129 mulheres morreram queimadas dentro de uma fábrica em Nova Yorque porque reivindicavam condições dignas de trabalho.
São fatos marcantes para a história das mulheres no ocidente.
A indignação das mulheres as fortaleceu a continuar em busca do reconhecimento de sua igualdade com os homens e mais tarde, da importância das diferenças entre os sexos sob uma ótica democrática.



Então, em 1962, o Poder Legislativo tombou sob o número 4.121, a lei que ficou conhecida como o Estatuto da Mulher Casada.
Essa lei alterou vários artigos do Código Civil brasileiro, datado de 1916. Esse novo documento concedeu às mulheres o direito de trabalhar fora do lar sem a autorização do marido ou paterna e, em caso de separação do casal, o direito à guarda do filho. A luta continuou para que outras leis surgissem a amparar as mulheres, não por favor, mas por direito.


Já agora, século XXI, Código Civil brasileiro renovado, a condição jurídica da mulher está menos discriminatória.
Mas há ainda muito o que avançar para a garantia da democracia paritária.
No início do século XX, uma brasileira que esteve a estudar na Europa, Jerônima Mesquita, ao retornar ao Brasil, trouxe consigo a coragem de enfrentar as situações contrárias às mulheres.
Uniu-se a um grupo de senhoras combativas e tornou-se feminista, assistencialista e sufragista.
Lutou por inúmeras causas.
Era mineira de Leopoldina, nascida em 30 de abril de 1880. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, onde morava, em 1972.
Em homenagem à sua data natalícia,um grupo de feministas trabalhou para que se tornasse o Dia Nacional da Mulher.
Isso ocorreu pela lei nº 6.791/80, sancionada pelo Presidente João Figueiredo.
A comemoração do Dia Internacional da Mulher tem sido importante para a divulgação das questões de gênero e sensibilização de políticos para a situação da mulher no Brasil.
No momento, a preocupação maior é quanto a violência contra a mulher, inclusive a doméstica.
O Dia Nacional da Mulher, 30 de abril, é mais uma ocasião para continuar a investigação sobre a condição feminina no Brasil e a busca incessante de soluções.

CHARLES CHAPLIN




Charlie Chaplin, (Charles Spencer Chaplin Jr), nasceu em Walworth, Londres, dos pais Sr. Charles e Hannah Harriette Hill, ambos artistas de music-hall.
Seus pais separaram-se logo após seu nascimento, deixando-o aos cuidados de sua mãe cada vez mais instável emocionalmente.
Em 1896, ela ficou desempregada e não conseguia encontrar outro emprego; Charlie e seu meio-irmão mais velho Sydney tinham de ser deixados em uma casa de trabalho em Lambeth, mudando-se após várias semanas para a Escola Hanwell para Crianças Órfãs e Destituídas.
Seu pai faleceu com problemas de vício em bebida quando Charlie estava com 12 anos de idade, e sua mãe ficou com sérios problemas mentais e mais tarde foi admitida no Asilo Cane Hill próximo a Croydon. Ela faleceu em 1928.

Chaplin subiu ao palco pela primeira vez aos 5 anos, em 1894, quando representou no music hall diante de sua mãe, que lhe ensinou a cantar e a representar.
Ainda criança ele esteve de cama por duas semanas devido a uma séria doença quando, à noite, sua mãe sentava-se na janela e representava o que acontecia fora de casa. Em 1900, com 11 anos, ele conseguiu com a ajuda do irmão o papel cômico do gato em uma pantomima, Cinderela no "London Hippodrome".
Em 1903 ele participou de "Jim, a romance of cockyne", após o que assumiu seu primeiro trabalho regular, como o entregador de jornal Billy em Sherlock Holmes, um papel que representou até 1906.

O posicionamento político de Chaplin sempre foi revolucionária. Vários de seus filmes denunciam o capitalismo selvagem, principalmente Tempos Modernos (Modern Times, 1936), que foi uma crítica à situação da classe operária e dos pobres em geral, que motivou o seu exilio na Suiça.

Em 1972, ainda no exílio, volta aos Estados Unidos pela última vez, para receber um prêmio especial da Academia pelas "suas incalculáveis realizações na indústria do cinema", se tornando uma das maiores aclamações na história do Oscar, onde Chaplin foi aplaudido por mais de cinco minutos, em pé por todos os presentes.

Charles Chaplin morreu aos 88 anos no dia de Natal (25 de Dezembro) de 1977 em Vevey, Suíça em consequência de um derrame cerebral e foi enterrado no Cemitério Corsier-Sur-Vevey em Corsier-Sur-Vevey, Vaud, Suíça

Em 1992, um filme sobre sua vida foi feito, com o título Chaplin, dirigido por Sir Richard Attenborough, estrelando Robert Downey Jr., Dan Aykroyd, Geraldine Chaplin (filha de Chaplin, interpretando sua própria avó).

Cena fascinate de Chaplin trabalhando em uma montadora, no filme "Tempos Modernos"







O filme todo esta dividido em 9 partes no youtube AQUI


«Uma pessoa pode ter uma infância triste e mesmo assim chegar a ser muito feliz na maturidade. Da mesma forma, pode nascer num berço de ouro e sentir-se enjaulada pelo resto da vida.»
(Chaplin)

ALMA DE MULHER


Nada mais contraditório do que ser mulher...
Mulher que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia
e transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição
e vive arrumando desculpas
para os erros daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas,
dá a luz e depois fica cega,
diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas, ensina a voar
mas não quer ver partir os pássaros,
mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito,
ainda que seu amor
nem perceba mais tais detalhes.
Que como uma feiticeira
transforma em luz e sorriso
as dores que sente na alma,
só pra ninguém notar.
E ainda tem que ser forte,
pra dar os ombros
para quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia
souber entender a Alma da Mulher!

SMILE - SORRIA DE CHARLES CHAPLIN




Sorria
Mesmo que o seu coração esteja doendo
Sorria
Mesmo que esteja se quebrando
Quando há nuvens no céu
Sobre isso você passará
Se você sorrir
Através do seu medo e sofrimento
Sorria
E talvez amanhã
Você verá o sol
Brilhar
Para você

Ilumine seu rosto com felicidade
Esconda cada traço de tristeza
Apesar disso uma lágrima
Pode estar tão perto
então é hora
Você deve continuar tentando
Sorria
Para quê chorar?
Você irá descobrir que a vida
Ainda vale
Se você somente sorrir
Sorria

Ilumine seu rosto com felicidade
Esconda cada traço de tristeza
Apesar disso uma lágrima
Pode estar tão perto
então é hora
Você deve continuar tentando
Sorria
Para quê chorar?
Você irá descobrir que a vida
Ainda vale
Se você somente sorrir
Continue sorrindo
Sim
Nunca, nunca, nunca pare
Sorria

Smile
Canção de Charles Chaplin, Geoffrey Parsons e James Phillips

segunda-feira, 28 de abril de 2008

PELA PAZ

Em luta pela maior de todas as causas

Pode não ser possível erradicar, em uma geração, o instinto de combate e luta.
Nem é desejável erradicar isso por inteiro.
Os homens devem continuar a lutar, mas eles devem pelejar por coisas que valham à pena, não por linhas geográficas imaginárias, preconceito racial ou ganância embalada nas cores do patriotismo.
Suas armas devem ser as do espírito, da bondade, e não metralhadoras e tanques.
Nós devemos estar preparados para fazer os mesmos sacrifícios heróicos pela causa da paz que fazemos de bom grado pela causa da guerra.
Não há tarefa que seja mais importante próxima do meu coração.
Nada que eu possa dizer ou fazer vai mudar a estrutura do universo.
Mas, quem sabe, ao levantar minha voz, eu possa ajudar a maior de todas as causas – aquela que preconiza a paz e a boa vontade entre os homens.

Albert Einstein
Físico alemão, naturalizado norte-americano
(Em entrevista concedida no ano de 1930 nos Estados Unidos)

DIA DA SOGRA


Hoje é um dia muito especial.
28 de Abril, é o dia da sogra.
Eu me entristeço, quando vejo piadas de mau gosto ou gozação em relação, a quem para mim, é a segunda mãe.
Como é possível amar a filha e não amar a mãe da filha.

A minha sogra, muito querida por mim, sempre teve carinho extremado pelos filhos e nem por isso a impediu de ser alguém muito especial em minha vida.
Exemplo de mãe, sempre me tratou com respeito e carinho, sinto saudades de seu pão de maionese ou o seu cuidado pela filha que amo tanto.
Sinto nela a minha protetora, que sempre cuidou para que eu jamais ficasse sem uma jantinha, ao qual perguntava...
O Poncio já jantou?
Em sua pergunta sutil ela estava dizendo, que também me amava.
Minha segunda mãe, primeira em atenção e zelo.


Deus ilumine seu caminho... mama Lu.

FILOSOFANDO 0021

"Antes de começar


o trabalho de mudar o mundo,


dê três voltas


dentre de sua própria casa."


(Provérbio Chinês)

domingo, 27 de abril de 2008

AS DIFERENÇAS ENTRE OS CÉREBROS

Vídeo bem humorado que retrata as diferenças de como funciona o cérebro do homem e da mulher.





Cada área do cérebro é especializada em diferentes áreas.
As mulheres são capazes de se ocupar de mais de um assunto ao mesmo tempo.
Em compensação, os homens se concentram com mais facilidade.

DESCUBRA O AMOR


Pegue um sorriso
e doe-o a quem jamais o teve...
Pegue um raio de sol
e faça-o voar lá onde reina a noite...
Pegue uma lágrima
e ponha no rosto de quem jamais chorou...
Pegue a coragem
e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar...
Descubra a vida
e narre-a a quem não sabe entendê-la...
Pegue a esperança
e viva na sua luz...
Pegue a bondade
e doe-a a quem não sabe doar...
Descubra o amor
e faça-o conhecer o mundo...

Mahatma Gandhi

ALMA DE EDUCADOR

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