sábado, 18 de outubro de 2008

FILOSOFANDO 18-11-08

Brasil:

esse estranho país

de corruptos

sem corruptores.

Luis Fernando Veríssimo

E TUDO MUDOU

E tudo mudou...

O rouge virou blush

O pó-de-arroz virou pó-compacto

O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor

A Lycra virou stretch

O corpete virou porta-seios

Que virou sutiã

Que virou lib

Que virou silicone



A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento

A escova virou chapinha

"Problemas de moça" viraram TPM

Confete virou MM



A crise de nervos virou estresse

A chita virou viscose.

A purpurina virou gliter

A brilhantina virou mousse



Os halteres viraram bomba

A ergométrica virou spinning

A tanga virou fio dental

E o fio dental virou anti-séptico bucal



Ninguém mais vê...



Ping-Pong virou Babaloo

O a-la-carte virou self-service



A tristeza, depressão

O espaguete virou Miojo pronto

A paquera virou pegação

A gafieira virou dança de salão



O que era praça virou shopping

A areia virou ringue

A caneta virou teclado

O long play virou CD



A fita de vídeo é DVD

O CD já é MP3

É um filho onde éramos seis

O álbum de fotos agora é mostrado por email



O namoro agora é virtual

A cantada virou torpedo

E do "não" não se tem medo

O break virou street



O samba, pagode

O carnaval de rua virou Sapucaí

O folclore brasileiro, halloween

O piano agora é teclado, também



O forró de sanfona ficou eletrônico

Fortificante não é mais Biotônico

Bicicleta virou Bike

Polícia e ladrão virou counter strike



Folhetins são novelas de TV

Fauna e flora a desaparecer

Lobato virou Paulo Coelho



Chico sumiu da FM e TV

Baby se converteu

RPM desapareceu

Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix

Raul e Renato,

Cássia e Cazuza,

Lennon e Elvis,

Todos anjos

Agora só tocam lira...



A AIDS virou gripe

A bala antes encontrada agora é perdida

A violência está coisa maldita!



A maconha é calmante

O professor é agora o facilitador

As lições já não importam mais

A guerra superou a paz

E a sociedade ficou incapaz...

.... De tudo.





Inclusive de notar essas diferenças.



(Luiz Fernando Veríssimo)

SERÁ QUE VAI CHOVER?


"Esses que puxam conversa


sobre se chove ou não chove


não poderão ir para o Céu!


Lá faz sempre bom tempo..."


(Mário Quintana)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

TRISTEZA

Jamais me imaginei doente.


Acho que mais doente o meu coração


que sempre sonhou,


mais que Dom Quixote.


Só que meus moinhos


sempre me vencem...


Nunca tive a menor chance...


Quem mandou eu nascer em um mundo


onde sonhos são apenas sonhos!


A tristeza já começa a sobrevoar o meu coração


e começa a fazer o seu ninho.


Ainda há esperanças


"Nas asas do tempo, a tristaza voa"


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

COSMOS POR CARL SAGAN EM PORTUGUES

Coloquei aqui os dois primeiros epsódios de COSMOS, e junto o link para os outros no total de treze episódios desse famoso pelo menos para a época, documentário visionário de Carl Sagan.
Para os outros epsódios CLICAR AQUI


Episódio 1 - Os Limites do Oceano Cósmico
Partindo dos limites do grande oceano espacial, Carl Sagan embarca numa imensa viagem cósmica que começa a 8 bilhões de anos-luz da Terra. A bordo da nave espacial da sua imaginação, ele transporta-nos às maravilhas do Cosmos: quasares, galáxias em espiral, nebulosas, supernovas e pulsares.
Deslizamos então para lá de Plutão, dos anéis de Urano, do majestoso sistema de saturno, e da luminosidade do lado noturno de Júpiter. Penetrando nas nuvens da Terra, encontramo-nos no Egito, onde Eratóstenes pela primeira vez mediu a Terra. O Dr. Sagan mostra-nos como isso foi feito.
A Biblioteca de Alexandria, berço da aprendizagem da Antiguidade, ressuscita em toda a sua glória - para ilustrar a fragilidade do conhecimento. É então que, para nos fazer compreender a enormidade do tempo que passou desde o Big bang até hoje, Sagan nos apresenta o “Calendário Cósmico”.







Episódio 2: Uma Voz na Sinfonia Cósmica.

Como começou a vida na Terra? Há outros seres vivos em outros mundos?
Carl Sagan explora a origem, evolução e diversidade da vida na terra.
Com uma espantosa animação computadorizada, entramos no coração de uma célula viva para lhe examinarmos a molécula da vida: o DNA.Para compreender como a evolução ocorre, o Dr. Sagan acompanha a história do caranguejo japonês Heike, cuja forma tem gradualmente mudado conforme se foi selecionando quais os caranguejos que deveriam viver e quais os que deveriam morrer.
Vamos assistir a experiências laboratoriais que nos darão idéia dos primeiros passos que conduziram à origem da vida. Seqüências animadas espetaculares acompanham a evolução humana a partir de organismos unicelulares que existiam nos oceanos.
E, finalmente, conheceremos as diferentes formas de vida que poderiam habitar uma atmosfera como a do planeta Júpiter, os “caçadores”, “flutuadores” e “mergulhadores”.

Acompanhe o Dr. Carl Sagan nesta incrível jornada rumo aos segredos do universo desconhecido.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

FILOSOFANDO 102

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."

FERNANDO PESSOA

A COMIDA NO MUNDO

Os efeitos da pobreza estão por toda parte.
Talvez por isso que o texto e as fotos abaixo estejam circulando com tanta força na Internet - as fotos pertencem ao livro "Hungry Planet", que ganhou bastante destaque na CNN.
Os resultados não são apenas ilustrativos, mas mostram com clareza a situação da pobreza no mundo.
Embora o texto fale essencialmente sobre fome – e o quanto uma família come por semana –, seria insensato negar que fome e pobreza andam juntas.
Confira as fotos abaixo.


Alemanha: família Melander, de BargteheideGastos com alimentação por semana: 375.39 Euros (cerca de US$500.07)



Estados Unidos: A família Revis, da Carolina do NorteGastos com alimentação por semana: US$341.98



Itália : A família Manzo, da SicíliaGastos com alimentação por semana: 214.36 Euros (cerca de US$260.11)


México: A família Casales, de CuernavacaGastos com alimentação por semana: 1,862.78 Pesos Mexicanos (cerca de US$189.09)

Polônia: A família Sobczynscy, de Konstancin-JeziornaGastos com alimentação por semana: 582.48 Zlotys (cerca de US$151.27)


Egito: A família Ahmed, de CairoGastos com alimentação por semana: 387.85 Libras Egípcias (cerca de US$68.53)

Equador : A família Ayme, de TingoGastos com alimentação por semana: US$31.55

Butão: A família Namgay, de Shingkhey VillageGastos com alimentação por semana: 224.93 ngultrum (cerca de US$5.03)

Chade: A família Aboubakar, de Breidjing CampGastos com alimentação por semana: 685 Francos do Chade (cerca de US$1.23)

BLOG ACTION DAY

No dia 15 de outubro de 2008, blogueiros de todas as partes do mundo falarão “a mesma língua”, sobre o mesmo assunto, ao mesmo tempo. Este é o Blog Action Day, uma ação que partiu da blogosfera e conquistou espaço na grande mídia.

A intenção do movimento é anualmente unir todos os blogs do planeta em um só objetivo: que cada blogueiro escreva sobre um tema comum a todos, pautado por um assunto de importância global visando alinhar "a conversa" da Blogosfera por pelo menos um dia.

Na edição de 2007, a primeira do Blog Action Day, o tema foi o “Meio Ambiente”; a partir daí, qualquer pessoa poderia escrever naquele dia (15 de outubro) o que quisesse sobre o tema, ajustando-o ao enfoque de seu próprio blog. O resultado não poderia ser mais positivo (como você pode conferir aqui): milhares de pessoas por todo o mundo refletiram, opinaram e discutiram sobre a natureza e, gradualmente, estão mudando a sua forma de interagir com o ambiente, pelo bem do planeta. O movimento foi tão bem sucedido que chega à sua segunda edição mais forte do que nunca.

Blog Action Day. Uma questão. Um dia. Milhares de vozes.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

KATHE KOLLWITZ





Käthe Kollwitz (1867-1945) foi uma artista plástica alemã cuja obra – prolífica fundamentalmente a nível do desenho e da gravura – se constituiu como um eloquente e perturbador retrato da condição humana durante a primeira metade do século XX, e é atualmente considerada uma das maiores desenhadoras e litógrafas de todos os tempos. Nasceu Käthe Schmidt em Königsberg, casando com o médico berlinense Karl Kollwitz em 1891.
A sua extraordinária aptidão para o desenho havia já sido descoberta e estimulada pelo seu pai, que foi responsável por proporcionar-lhe formação privada com diversos artistas até ter ingressado na escola artística para mulheres em Berlim.

Käthe Kollwitz pertence a uma geração de artistas anterior aos expressionistas.
Se tanto, poderá ser associada ao movimento proto-expressionista, fundado no rescaldo da I Guerra Mundial por Otto Dix e George Grosz.
O movimento era caracterizado por um estilo realista combinado com uma perspectiva cínica, socialmente crítica e filosófica profundamente enraizada num sentimento comum anti-guerra.

O cenário de devastação e clima de angústia generalizados, motivados por uma transição entre séculos profundamente marcada por sucessivas guerras e revoluções na Europa, criaram as condições favoráveis à emersão de um sentimento existencialista que levou os artistas plásticos a debruçarem-se largamente sobre o tema primordial de todos os temas da arte: a condição humana.
A obra de Käthe Kollwitz representa um doloroso mergulho num mundo onde as figuras estão marcadas por uma obscuridade opressora, em que predominam as referências à morte, à pobreza, à injustiça social, à dor, à doença.
É discutido que o próximo contato com os pacientes do seu marido constituiu uma exposição ao sofrimento que condicionou a natureza do seu trabalho. Este é de uma rudeza impressionante – acentuada pelo carácter incisivo da própria expressividade a preto e branco do desenho e da gravura – que pode mesmo ser confundida com uma certa pobreza estética.
Mas terá que haver um esforço para ver para além da confusão: os desenhos e gravuras de Kollwitz exprimem de forma densa e intensamente emotiva a visão sobre um mundo destroçado, provoado de caos e desastre, mundo esse simbolicamente ligado ao seu próprio tumulto interior – que se pode comprovar pela quantidade de auto-retratos realizados pela artista..

Corpos encolhidos, contorcidos, de feições endurecidas e determinadas, por vezes diluídos em puras manchas negras que se confundem com as sombras, compõem o retrato de um mundo desordenado pela violência, pela guerra e pelo horror.

O fato de ter perdido um filho na Primeira Guerra Mundial e um neto na Segunda, bem como o fato de ter sobrevivido à morte do marido em 1940, acentuou um profundo declínio para a depressão nos anos que se seguiram. A sua obra revelou uma inflexão claramente para o tema da morte.

Apenas contribuiu para avolumar um sentimento de revolta, declaradamente anti-guerra, que não lhe proporcionou quaisquer simpatias políticas. Com a chegada ao poder do regime nazi, em 1943, a obra de Kollwitz foi considerada ‘degenerada’ e esta foi proibida de expor publicamente e forçada a demitir-se da Academia de Arte de Berlim.
Ainda assim, ao contrário de artistas como Max Beckman ou George Grosz, nunca abandonou a cidade. Morreu a 22 de Abril de 1945, sem ter assistido ao fim da guerra.

SEUS SONHOS SÃO SEUS DESEJOS

Vivemos em uma guerra permanente com nós mesmo.
Somos incapazes de ser felizes.
Não somos o que desejamos ser.
O que desejamos ser jaz oprimido...
E é justamente aí, diria Feuerbach, que se encontra a essência do que somos.
Somos o nosso desejo, desejo que não pode florescer.
Mas, o pior de tudo, como Freud observa, é que nem sequer temos consciência do que desejamos.
Não sabemos o que queremos ser.
Não sabemos o que desejamos porque o desejo, reprimido, foi forçado a habitar as regiões do esquecimento.
Tornou-se inconsciente.
Acontece que o desejo é indestrutível.
E lá, do esquecimento em que se encontra, ele não cessa de enviar mensagens cifradas - para que seus captores não as entendam.
E elas aparecem como sintomas neuróticos, com os lapsos e equívocos, como sonhos... Os sonhos são a voz do desejo.
RUBEM ALVES

domingo, 12 de outubro de 2008

COMO FUNCIONA O MERCADO FINANCEIRO



Uma vez, num lugarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por 10 reais cada.
Os aldeões, sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos.
O homem comprou centenas de macacos a 10 reais e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça.
Aí, o homem anunciou que agora pagaria 20 reais por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.
Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca.
A oferta aumentou para 25 reais e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.
O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por 50 reais !
Entretanto, como iria à cidade Grande, deixaria o seu assistente cuidando da compra dos macacos.

Na ausência do homem, o assistente disse aos aldeões:
- 'Olhem todos estes macacos na jaula que o homem comprou.
Eu posso vender por 35 reais e, quando o homem voltar da cidade, vocês podem vender-lhe por 50 reais cada.'

Os aldeões, espertos, pegaram nas suas economias e compraram todos os macacos do assistente.
Eles nunca mais viram o homem ou o seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Agora ficamos a sabendo como funcionam os mercados financeiros...

QUANDO VIER A PRIMAVERA




Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme


Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,

fotos por Beli


Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro

FRASE DE UM DIA

"Antes eu desenhava como Rafael,
mas precisei de toda uma existência



para aprender a desenhar
como as crianças".
(Picasso)

ALMA DE EDUCADOR

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