domingo, 27 de julho de 2008

VIAGEM AOS SENTIDOS

Fomos levar os sentidos para passear.
Este meu anseio por essa viagem, é de muito tempo.
Vinte sete anos na verdade de um desejo de partilhar coisas belas.
Valeu cada minuto do passeio.
Parece que as coisas sofridas tem um gosto indescritível quando conseguidas.
O tempo promete, a dois os sentidos se expandem para muitos horizontes.
A cidade de São Pedro e Águas de São Pedro ofereceram todas as possibilidades aos sentidos.
Os externos, o olhar, o cheirar, o comer, o ouvir e o tocar e os muitos dos sentidos por nós desconhecidos, os sentidos internos muitas vezes confundidos com emoções.
Os "sentidos internos" nos colocam em relação com os nossos estados internos (sentimentos, atitudes, disposições, dores e prazeres).
Alguns sentidos internos foram mais que estimulados - fome, sede, cansaço, dor interna e a necessidade de respirar e muito equilíbrio.
Descendo e depois subindo para ver uma linda cachoeira com uma queda d'agua de 70 metros, muitos dos sentidos internos se fizeram presentes.
E depois nos caminhos, na oração, na leitura, no amor.
Valeu cada momento.



Algumas fotos da “Viagem aos sentidos"

Ó Deus, nós te damos graças por este universo, nosso lar; pela sua vastidão e riqueza,
pela exuberância da vida que o enche e da qual somos parte.



Nós te louvamos pelos oceanos, pelas correntes frescas,
pelas montanhas que não se acabam, pelas árvores, pelo capim sob os nossos pés.

Que aprendamos que as coisas vivas não vivem só para nós; que elas vivem para
si mesmas e para ti, que elas amam a doçura da vida tanto quanto nós, e te servem,
no seu lugar, melhor que nós no nosso.



Nós te louvamos pelos nossos sentidos: poder ver o esplendor da manhã, ouvir as canções dos namorados, sentir o hálito bom das flores da primavera.
Dá-nos, rogamos-te, um coração aberto a toda esta alegria e a toda esta beleza,



.

Alarga em nós o senso de comunhão com todas as coisas vivas, nossas irmãs,
a quem deste esta terra por lar, juntamente conosco.


Quando chegar o nosso fim, e não mais pudermos fazer uso deste mundo, e tivermos
de dar nosso lugar a outros, que não deixemos coisa alguma destruída pela
nossa ambição ou deformada pela nossa ignorância.

Mas que passemos adiante nossa herança comum mais bela e mais doce, sem
que lhe tenha sido tirado nada da sua fertilidade e alegria, e assim nossos corpos
possam retornar em paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e os nossos
espíritos possam gozar da vida perfeita em ti.
Rubem Alves


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