Um advogado está tranquilamente tomando sol na praia, quando uma bela senhora se aproxima: - Doutor Fernando, o que faz por aqui? O advogado, querendo mostrar que advogados também podem ter veia poética, responde com ar conquistador: - Roubando raios de sol... A senhora, sorrindo docemente: - Vocês, advogados, sempre trabalhando...
Vivemos de sonhos...bem...nem todos vivem, alguns são pé no chão demais. Este comercial da loto mostra o sonho de um homem cego se realizando. A alegria dele estampada em seu rosto é de mexer com os sonhadores. Você sonha demais ou é pé no chão?
Roberts, Lorne Greene, Dan Blocker e Michael Landon em "Bonanza"
Famoso pela série "Bonanza", o ator faleceu neste último domingo, dia 24 de janeiro, em sua casa em Malibu aos 81 anos de idade vítima de câncer no pâncreas.
Nascido em 18 de maio de 1928, em Wacross, Georgia, Pernell era filho de um vendedor de refrigerantes. De temperamento rebelde, foi expulso uma vez do colégio e duas vezes da Universidade. Ao voltar a estudar, Roberts formou-se em arte dramática, envolvendo-se com a produção de várias peças e apresentando-se em teatros itinerantes. Mais tarde, uniu-se ao Teatro de Arena em Washington, além de outros grupos, até chegar à Broadway com a peça "The Lovers", ao lado de Joanne Woodward. O ator fez um certo nome no meio teatral, ganhando prêmios em produções off-Broadway.
Chegou às telas do cinema em 1958 e à televisão no mesmo ano em participações especiais em séries como "Gunsmoke", 'Cheyenne", "O Paladino da Justiça", "Histórias do Velho Oeste", e "77 Sunset Strip".
Quando recebeu a proposta de interpretar Adam Cartwright em uma nova série a ser filmada à cores chamada "Bonanza", Pernell não se entusiasmou pela idéia. Mas, eventualmente foi convencido a dar uma chance à produção com a qual assinou um contrato de cinco anos. No entanto, desde o primeiro dia de filmagem, o ator começou a criar problemas discutindo constantemente com os roteiristas e produtores exigindo melhor qualidade e veracidade para as histórias apresentadas.
Percebendo que não conseguiria alterar a mentalidade dos responsáveis pela série, Roberts tentou durante anos quebrar seu contrato. Neste meio tempo, recusava-se a dedicar-se por completo em sua atuação, discutindo com os diretores que pediam mais emprenho. O ator chegou ao ponto de não decorar suas falas, precisando de alguém por trás das câmeras para lhe passar o diálogo. Mesmo assim, exigia que fossem produzidos mais episódios centralizados em seu personagem.
Sua atitude era acobertada pelos produtores e colegas de elenco junto à imprensa, algo que contradizia o comportamento de Roberts junto à mídia, visto que o ator costumava falar mal de seu personagem, da série e dos colegas. Ameaças por parte da NBC em processá-lo ou em prejudicar sua carreira não mudaram a atitude do ator em relação à série. Como resultado, ele foi isolado dos demais, não conseguindo criar laços de amizades com ninguém da produção ou do elenco. Durante a produção da série, Roberts ganhou o apelido de "o encrenqueiro de Ponderosa".
Em 1963, com a aproximação do final de seu contrato de cinco anos, Roberts deixou claro sua intenção de não renová-lo. Assim, para substituí-lo, foi criado o personagem de um primo dos Cartwright, Will, que foi interpretado por Guy Williams. O personagem foi introduzido ainda durante a presença de Pernell no elenco para acostumar o público com a futura mudança.
Na história, Adam se casaria e se mudaria do rancho Ponderosa. Pernell provocou novamente a produção ao pedir que a personagem da futura esposa de Adam fosse uma nativa interpretada por uma negra. A notícia da futura saída do ator do elenco chegou ao público que se manifestou em massa contra a decisão. Assim, Roberts foi persuadido a renovar seu contrato por mais um ano; mas, no final de 1964, ele anunciou novamente sua saída da série. Apesar das tentativas em fazê-lo mudar de idéia, desta vez, o ator deixou o elenco de "Bonanza". Ao longo de sua vida, Roberts permaneceu irredutível em sua decisão de nunca mais falar sobre sua experiência com a série.
Pernell Roberts tentou dar continuidade à sua carreira no teatro e no cinema, mas nesse meio tempo já tinha ganho a reputação de encrenqueiro. Com isso, ele foi forçado a voltar ao circuito de participações especiais em séries de TV como "A Garota da UNCLE", "James West", "Lancer", "Havaí 5-0", "O Barco do Amor", entre outras.
O ator aposentou-se no início desta década, sendo que um de seus últimos trabalhos foi em 2001 quando apareceu em "Diagnosis Murder" reinterpretando um personagem que tinha feito para a série "Mannix" no final dos anos 60. Além de ator, Pernell também era cantor, tendo gravado três álbuns, dois para a série "Bonanza", na qual em alguns episódios interpretou várias canções, e um terceiro disco solo em 1962.
Defensor dos direitos humanos, Roberts se manifestava frequentemente contra a discriminação racial. Durante a série "Bonanza", costumava exigir dos roteiristas, um maior número de personagens da chamada minoria. Em 1965, Roberts participou de uma passeata ao lado de Martin Luther King Jr., em prol dos direitos civis dos afro-americanos realizada em Selma, Alabama.
Pernell foi casado 4 vezes. A primeira entre 1951 e 1959, com Vera Mowry, professora na Washington State University, com quem teve seu filho, Jonathan Christopher Roberts; falecido em 1989 aos 38 anos de idade vítima de um acidente de moto. A segunda, entre 1962 e 1971 com Judith Anna LeBreque e a terceira entre 1972 e 1996, com Kara Knack. Atualmente, estava casado com Eleanor Criswell, que ficou ao seu lado até o final.
A carta abaixo foi escrita por um membro de AA e enviada à “Veja” em resposta a absurda reportagem sobre os Alcoólicos Anônimos publicada nesta semana:
“Pasmados! Sim, pasmados com a publicação da matéria com o título “É Preciso Dar Mais Do Que Doze Passos”!
Primeiramente, a chamada de página “VÍCIO” está errada, porque o alcoolismo - segundo também a Organização Mundial de Saúde (OMS) - é uma doença física e não simplesmente um vício.
Surpresos, também, pela Irmandade de Alcoólicos Anônimos (AA) não ser ouvida e fazer parte da reportagem, como manda a ética jornalística de se ouvir as partes envolvidas.
O que se constata é uma crítica infundada a AA, totalmente desprovida de bom senso. Os 257 dependentes de álcool enviados ao AA, evidente que poucos resultados apresentariam, comparecendo ao menos uma vez ao mês.
Primeiro motivo: AA tem como uma das suas principais máximas o “EVITE O PRIMEIRO GOLE”, enquanto o PROAD mantém como linha de tratamento a “CONTENÇÃO DE DANOS”, ou seja, o indivíduo pode beber ou usar drogas, mas com o comprometimento de ir diminuindo com o passar do tempo.
Ora, se bebendo ou usando drogas a pessoa perde sua autocensura e suas barreiras morais - como comprovado -, jamais desejará parar de usar álcool ou as drogas; ainda mais apoiado por um órgão “específico”. Lembrem-se que os indivíduos, antes de irem a AA, já faziam parte do Proad.
Em segundo lugar: Nenhum dependente - doente alcoólico, adicto ou cruzado - fará um tratamento sério, como em AA, se tem a permissividade estabelecida por um profissional de saúde.
AA nunca foi contra nenhum tipo de tratamento psiquiátrico, desde que seja necessário e que quem o atenda seja um profissional com profundos conhecimentos do alcoolismo e drogas - raríssimos -, pois a maioria visa somente lucros e nunca deixou o consultório, emaranhando-se em pretensas pesquisas para justificar as grandes verbas de incentivo dos órgãos governamentais.
Sou coordenador-geral do Grupo Girassol de Alcoólicos Anônimos e, com 29 anos de AA, só comprovei o contrário do que as pesquisas da Proad-Unifesp apontaram. Vi e comprovo, sim, que muitas e muitas vidas foram salvas por AA. Vi, também, verdadeiros “milagres” acontecerem.
E não foram só os 9% citados. Muitos membros, antes de frequentarem AA, já haviam frequentado consultórios psiquiátricos, de psicólogos, religiões as mais variadas e nada adiantava; depois de ingressarem em AA, conseguiram deter a doença e, hoje, levam uma vida de construtiva sobriedade e serenidade cotidianas.
Retomaram suas vidas, deixaram de fazer sofrer seus familiares e amigos, voltaram a ser produtivos; muitos retomaram os estudos, formaram-se e alguns tornaram-se psicólogos e psiquiatras também.
AA FUNCIONA SOZINHO, sem nenhum auxílio de psiquiatras. Alcoólicos Anônimos não trata de religião - cada qual tem a sua ou não a tem -, denomina como Poder Superior um deus do entendimento de cada membro, que tanto pode ser religioso ou qualquer outra coisa.
Muitos chamam de Poder Superior o próprio Grupo de AA, porém a recuperação não depende da credulidade em um Poder Superior!
AA NÃO COBRA ABSOLUTAMENTE NADA! Ao contrário do que foi dito na matéria, a maioria dos frequentadores de AA não é de classes menos favorecidas - enquanto os programas apresentados na matéria de Veja (também a maioria), são procurados por pessoas de classes muito menos favorecidas.
Deixa-se claro que, em AA não se discrimina ninguém, não há preconceito de nenhuma espécie.
Os Doze Passos de AA representam uma “ferramenta” para os membros lidarem com seus problemas do dia-a-dia. O Primeiro Passo citado é primordial para que o alcoólico se disponha a tratar-se em AA.
Nas reuniões de AA, os membros compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolvermos nosso problema em comum e ajudarmos outras pessoas a se reabilitarem da doença do alcoolismo.
As ditas “reuniões pesadas”, depende de como as pessoas as encaram, mas a grande maioria das reuniões transcorre em clima alegre e descontraído.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos”.