segunda-feira, 15 de junho de 2009

SUICÍDIO

Fico muito compadecido quando ouço a história de alguém que tira a sua própria vida.
Sinto uma grande perda em cada caso que já ouvi, se eu pudesse faria de tudo para convencê-los que por pior que possa parecer a vida, amanhã...
Ah! o amanhã é sempre diferente.
Nós é que não temos a paciência de esperá-lo.
Para mim é muito triste o suicídio.
Muito difícil se colocar no lugar deles e julgá-los...antes compreendê-los...
Cada um tem a sua DOR, e só quem a sente sabe.
Busco entender os que assim partiram...sempre me lembro de suas Almas...e peço a Deus pelas suas dores...
Por Ângelo




Caso Ramón Sampedro
Suicídio Assistido




Ramón Sampedro era um espanhol, tetraplégico desde os 26 anos, que solicitou à justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar viver.
Ramón Sampedro permaneceu tetraplégico por 29 anos.
A sua luta judicial demorou cinco anos. O direito à eutanásia ativa voluntária não lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracterizaria este tipo de ação como homicídio.
Com o auxílio de amigos planejou a sua morte de maneira a não incriminar sua família ou seus amigos. Em novembro de 1997, mudou-se de sua cidade, Porto do Son/Galícia-Espanha, para La Coruña, 30 km distante. Tinha a assistência diária de seus amigos, pois não era capaz de realizar qualquer atividade devido a tetraplegia.
No dia 15 de janeiro de 1998 foi encontrado morto, de manhã, por uma das amigas que o auxiliava. A necropsia indicou que a sua morte foi causada por ingestão de cianureto. Ele gravou em vídeo os seus últimos minutos de vida. Nesta fita fica evidente que os amigos colaboraram colocando o copo com um canudo ao alcance da sua boca, porém fica igualmente documentado que foi ele quem fez a ação de colocar o canudo na boca e sugar o conteúdo do copo.

A repercussão do caso foi mundial, tendo tido destaque na imprensa como morte assistida.
A amiga de Ramón Sampedro foi incriminada pela polícia como sendo a responsável pelo homicídio. Um movimento internacional de pessoas enviou cartas "confessando o mesmo crime". A justiça, alegando impossibilidade de levantar todas as evidências, acabou arquivando o processo.

A questão do suicídio em pacientes com lesões medulares já foi estudada epidemiologicamente, evidenciando um aumento em relação à população em geral.

Inúmeros outros casos, em diferentes locais do mundo tem trazido este tema à discussão, porém sempre com alguma confusão ou ambigüidade entre os conceitos de suicídio assistido e eutanásia.

Em 2003 foi rodado um filme espanhol sobre este caso, com o diretor espanhol Alejandro Amenábar. O título do filme é Mar Adentro. O diretor caracterizou o seu filme como sendo "una visión de la muerte desde la vida, desde lo cotidiano, lo natural, desde un lado muy luminoso".



Por José Roberto Goldim

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