Dom Pedro II, chamado O Magnânimo foi o segundo e último Imperador do Brasil. Seu nome completo era Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo.
D. Pedro II foi o sétimo filho de Dom Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria.
O príncipe Pedro de Alcântara tornou-se órfão de mãe pouco depois de completar dois anos de idade. D. Leopoldina faleceu durante a ausência do marido, em viagem ao Sul do Império, então conflagrado.
Dom Pedro I casou-se em segundas núpcias com Amélia de Leuchtenberg. Aos cinco anos, o pequeno príncipe perdeu o pai e a madrasta, quando Pedro I abdicou do trono e partiu para Portugal. Criado ao lado de suas irmãs por tutores e preceptores, sua rotina foi marcada pela rigidez. A educação de Pedro II foi focada em visão humanística e religiosa.
Com diversos mestres ilustres de seu tempo, o jovem imperador instruiu-se em português e literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, música, dança, pintura, esgrima e equitação.
ao receber a delegação parlamentar que lhe fora indagar se desejava esperar mais três anos ou assumir desde logo o poder, respondeu: "Quero já!". Diz-se que, esforçando-se para evitar que se tornasse tão devoto aos amorios como havia sido o pai, os professores concentraram-se em inculcar-lhe elevados conceitos de moral e consciência.
Nele e nas irmãs também foram criados laços de profundo respeito pela figura histórica que a mãe sofredora representara, de modo que, para ele, a imperatriz Leopoldina transformou-se em figura quase divina.
Diferente de seu pai, tinha fortes interesses culturais e mesmo científicos, praticando a poesia, a pintura, conhecendo as línguas e freqüentando as ciências. Tinha grande amor por seu país
Durante seu reinado, foi aberta a primeira estrada de rodagem, a União e Indústria; correu a primeira locomotiva a vapor; foi instalado o cabo submarino; inaugurado o telefone e instituído o selo postal.
Palácio do Imperador em Petrópolis
Manteve correspondência com diversas personalidades proeminentes da época, tendo se encontrado com alguns durante suas viagens ao exterior, entre os quais Nietzsche e Emerson, além de escritores famosos, como Lewis Carrol, Júlio Verne e Victor Hugo, com quem teve um célebre encontro em Paris. Amigo de Camille Flammarion, um dos maiores astrônomos da época, empenhou-se em equipar e reorganizar o atual Observatório Nacional, que tornou-se um destacado centro de pesquisas. Sua paixão pela astronomia, a ciência preferida, valeu-lhe constantes caricaturas na imprensa brasileira, ilustrando-o acompanhado de sua luneta.
Pioneiro das preocupações ecológicas, pode-se citar a ordem que deu, em 1861, para o replantio com espécies nativas da Mata Atlântica da área da Floresta da Tijuca, devastada pelo cultivo de café.
Liberdade de expressão
Segundo o historiador José Murilo de Carvalho, em seu livro D. Pedro II , nunca o Brasil desfrutou de tanta liberdade de expressão quanto no Segundo Reinado. Até mesmo injúrias ao monarca eram publicadas, não admitindo ele que fossem punidas ou que os jornais que as divulgavam fossem processados ou fechados. Com efeito, no Brasil republicano proíbe-se o anonimato nos órgãos de imprensa, que era aceito no período imperial. Mas, de todo modo, assegura Carvalho, o imperador defendia a liberdade de imprensa por convicção e não por conveniência.
Morreu em Paris na no dia 5 de Dezembro de 1891 no hotel Bedford. A França lhe deu funerais régios, depositando o corpo no Panteão dos Bragança no Convento de São Vicente de Fora em Lisboa. Revogada a Lei do Banimento, em 1922, seus restos mortais foram transportados para o Brasil e repousam na Catedral de Petrópolis, cuja construção teve início sob seu patrocínio.
Um comentário:
Caraca meu, como é que podemos fazer para termos de novo pessoas decentes governando esse pais , no lugar dos marginais que elegemos???
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