Pátria – um lugar
para amar
Giuseppe Fortunino Francesco Verdi foi um compositor
de óperas
do período romântico
italiano.
Considerado, então, o maior compositor nacionalista da Itália.
Foi um dos
compositores mais influentes do século XIX.
Suas obras são executadas com frequência em Casas de Ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do gênero, alguns de seus temas estão, há muito, enraizados na cultura popular.
Suas obras são executadas com frequência em Casas de Ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do gênero, alguns de seus temas estão, há muito, enraizados na cultura popular.
Entre
esses, Va, pensiero, o coro dos escravos hebreus, da ópera Nabucco.
Conta a história do rei
Nabucodonosor
da Babilônia.
Por ter
sido escrita durante a ocupação austríaca no norte da Itália,
dadas as tantas analogias que apresenta, suscitou o sentimento nacionalista
italiano.
O coro dos
escravos hebreus, no terceiro ato da ópera,
tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época.
No mês de
março do ano 2011, no Teatro da Ópera de Roma, esse coro levou os
cantores e músicos à muita emoção. E o público presente, ao delírio, numa grande
demonstração de fé patriótica.
O maestro
Riccardo Muti acabara de reger o célebre coro dos escravos, Va pensiero.
O público aplaudia incessantemente e bradava bis!
O maestro,
então, se volta para a plateia e recorda o significado patriótico do Va
pensiero que, além de sua intrínseca beleza, que é inexcedível, tem
enorme apelo emocional, até hoje, entre os italianos.
Riccardo
pede ao público presente que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro,
como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos
planejados cortes do orçamento da cultura.
Ele rege o
público, enquanto a orquestra e o coro se irmanam na execução do hino, cujos
versos podemos assim traduzir:
Voa,
pensamento, com tuas asas douradas. Voa, pousa nas encostas e no topo das
colinas, onde perfumam mornas e macias as brisas doces do solo natal!
Cumprimenta
as margens do rio Jordão, as torres derrubadas de Jerusalém...
Oh,
minha pátria tão bela e perdida! Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa
dourada dos grandes poetas, por que agora estás muda?
Reacende as
memórias no nosso peito, fala-nos do bom tempo que foi!
Traduz em música o nosso sofrimento, deixa-te inspirar pelo Senhor para que
nossa dor se torne virtude!
* * *
As
câmeras passeiam pela plateia, mostrando a emoção, a unção. Quem sabia a letra,
cantou. Quem não a sabia, acompanhou a melodia.
Foi
uma verdadeira prece.
Prece ao Senhor, rogativa às autoridades. Um exemplo de
patriotismo.
Um
maestro que clama, chora e concita o povo a bradar pela manutenção do bom, do
belo, da cultura.
Alguém
que, consciente da sua cidadania, vai além do seu dever como artista.
Serve-se
do palco, da plateia, para esclarecer, para despertar consciências, para lutar
pelo ideal que defende.
Que
se repitam no mundo, em todas as nações, tal grandioso exemplo para que não se
percam as raízes, para que se preserve a cultura, a arte, o belo.
Redação do Momento Espírita, com base nas imagens do vídeo do
link http://youtu.be/g_gmto6jnrs
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