terça-feira, 13 de abril de 2010

DESCASO DA JUSTIÇA

Somente coisas boas, de bons exemplos deveriam ser postadas aqui, mas como denuncia pelo descaso da justiça no Brasil, estou colocando essa matéria muito triste.

O pedreiro Admar de Jesus, de 40 anos, revelou ontem como matou, a pauladas e golpes de enxadão e martelo seis jovens com idades de 13 a 19 anos, desaparecidos em Luziânia entre 30 de dezembro e 23 de janeiro. Ele deu detalhes de como os enterrou num cemitério "informal". E disse que havia mais dois marcados para morrer.


Com sinceridade impressionante, confessou: "Eu não quero mais isso pra mim, mas acho que não vou parar de matar, eu não consigo. Preciso de ajuda. O que quero é um tratamento."

Condenado em Brasília por pedofilia e agora assassino confesso em série, Admar afirmou que fechou um trato, pelo qual receberia R$ 5 mil de uma quadrilha de traficantes que atua também com pornografia na internet. "Matei por encomenda, por dinheiro", afirmou. "Eles (a quadrilha) me pagariam por algumas mortes e para filmar atos de sexo com garotos." Um dos meninos mortos, que ele chamava de "Zé", seria o intermediário da quadrilha e o teria ajudado a matar as duas primeiras vítimas. Depois foi também abatido porque, segundo disse, "não pagou o dinheiro e vinha me ameaçando".

A confissão de Admar cria uma situação delicada para o Juizado de Instrução Penal de Brasília, que concedeu liberdade condicional ao maníaco em 23 de dezembro, após o cumprimento de 4 anos de prisão, supostamente contrariando laudo psiquiátrico que o definia como psicopata, portador de graves distúrbios e uma pessoa perigosa que deveria ser mantida "isolada do convívio social" pois tinha grande chance de reincidir. Ele disse que tem mesmo "grave doença mental" e pediu ajuda ao juiz antes de ser posto em liberdade. "O que eu mais pedi para ele foi para me dar uma força, arranjar um tratamento, mas eu não consigo." Uma semana depois de solto, ele começou a matar.

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