quinta-feira, 2 de agosto de 2007

FAZER O BEM É BOM

Altruísmo – especialmente do tipo DAV – (doador anônimo em vida) parece contradizer as teorias dos biólogos evolutivos, conhecidas por “benefício da troca” ou “altruísmo direcionado ao parentesco”. Segundo elas, o que parece ser uma generosa boa ação é meramente uma estratégia para fazer com que os outros o ajudem também. Ou uma forma de preservar os parentes, que carregam seus genes. Steven tenta explicar. “Não fiz nada de extraordinário. Eu só queria ser um instrumento disponível, agradecido por ser usado pelo Espírito.”

Os sintomas físicos do altruísmo foram recentemente mostrados num experimento feito pelo psicólogo Ulrich Mayr, na Universidade do Oregon, nos EUA, e publicado na revista Science. Saber que seu dinheiro vai para uma boa causa ativa os mesmos centros de prazer no cérebro que são estimulados por comida e sexo. Dezenove voluntários receberam US$ 100 cada um. Sua atividade cerebral foi rastreada quando eles viram o dinheiro sendo automaticamente transferido de suas contas para um fundo de caridade. Isso ativou uma antiga parte do cérebro – o núcleo acumbens – ligada ao prazer. O efeito foi ainda maior quando eles optaram por doar o dinheiro. “O que realmente interessa é que essas áreas de prazer existem para necessidades básicas, como alimento, sexo, doces e abrigo. São as áreas que dizem a nosso cérebro o que é bom para nós”, disse Mayr.

“O resultado mais surpreendente é que esses centros básicos de prazer não respondem apenas àquilo que é bom para nós mesmos. Eles também rastreiam o que é bom para outras pessoas.” E uma vez que ninguém – nem mesmo os pesquisadores – sabia quanto dos US$ 100 aqueles voluntários decidiram guardar consigo ou doar, foi o ato de doar em si, e não a recompensa egoísta de ser reconhecido como um filantropo, que proveu a satisfação. “O fato de acharmos prazeroso pagar até mesmo os impostos obrigatórios para o bem-estar dos outros sugere fortemente a existência de um puro altruísmo”, conclui Mayr. “O que demonstra que somos capazes de nos sentir bem ao fazer a nossa parte.”

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