Jaguar devolve medalha Pedro Ernesto
Madalena Romeo
Os vereadores do Rio vão ter de criar uma Medalha Jaguar.
Depois do que se passou ontem na Câmara, vai ser difícil encontrar cidadão de bem que aceite ser condecorado com a Medalha Pedro Ernesto, até então a maior comenda da cidade.
O cartunista e colunista de O DIA tirou a quarta-feira para ir à casa legislativa devolver a medalha que lhe fora concedida há oito anos pelo então vereador Chico Alencar.
A razão?
Jaguar se recusa a ser “companheiro de medalha” de Roberto Jefferson, o deputado do PTB que teve o mandato cassado por corrupção no ano passado e foi condecorado na Câmara com a mesma medalha há oito dias.
“O sujeito é réu confesso, embolsou R$ 4 milhões e foi condecorado pela filha, num ato de nepotismo.
Não deu para engolir”, explicou Jaguar antes de ir à Câmara.
Foi andando até a Câmara e deixou os servidores atônitos, ao pedir que protocolassem a devolução. “Isso é no segundo andar”, reagiu a balconista, como se existisse departamento de devolução de medalhas.
A situação era inédita e foram tirar do plenário a presidente em exercício da Câmara, vereadora Leila do Flamengo.
Política, ela compromenteu-se a mudar os critérios de condecoração para evitar vexames e convidou Jaguar a ir a Plenário.
“Não dá.
Vou ver Argentina e Holanda no Amarelinho”, respondeu.
Com a medalha em mãos, a vereadora prometeu que iria ao bar para entregar-lhe o protocolo.
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