quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

BAGUNÇANDO O INFERNO


Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida.
Quando morreu, todo mundo falou que ele iria para o céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso.
Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.
Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total.
A recepção não funcionava muito bem.
A moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, orientou o homem para ir ao Inferno.
E no Inferno, você sabe como é. Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar.
O sujeito entrou lá e foi ficando.
Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro:
- Você é um canalha. Nunca imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo!
Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava. Lúcifer, transtornado, desabafou:
- Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando.
- O inferno está insuportável, parece o Paraíso!
- Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e traga-o para cá!
MORAL DA HISTÓRIA.
Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno o próprio demônio lhe trará de volta ao Paraíso.

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